sábado, 18 de fevereiro de 2012

FIQUE AÍ, QUIETINHA! MINHA PRIMEIRA CRÔNICA.


Eu sempre quis escrever uma crônica!
Não sabia como começar a escrever, ou mesmo não sabia a técnica de escrevê-la.
Pedi auxílio de algumas amigas que entendem muito sobre o assunto, afinal de contas são professoras de letras e conhecem muito bem o mundo das palavras e suas interpretações.
Uma delas, a Professora Érika Carlos, me indicou como fonte de inspiração um autor famoso em crônicas: Mário Prata, o qual li e virei fã. A outra, professora Elisângela Gusmão me disse: “Escrever uma crônica é como se você tirasse uma fotografia de uma cena ou um momento e depois a descrevesse em detalhes”.
Pois bem, mãos a obra:
Estava eu em uma sala de espera de um consultório. De repente me deparei com uma cena e logo tratei de preparar a máquina fotográfica do meu celebro para registrar aquela imagem e escrever a minha primeira crônica.
Uma Senhora, com suas mãozinhas frágeis, segurada pelas mãos bem mais firme de sua filha que com carinho e cuidado colocou-a sentada no sofá da sala de espera e proferiu a seguinte frase: “fique aí quietinha, não se levanta que eu já volto”.
A Senhora então lá permaneceu quietinha, afinal agora tem que se render, pois a ação do tempo que é cruel e não mais a permite ir ou vir sem ser conduzida pelas mãos firmes que ela mesmo gerou e segurou.
Coloquei-me a pensar em como funciona a nossa vida. Quantas vezes essa mesma filha ouviu a mesma frase de sua mãe: "Fica quietinha minha filha que a mamãe já volta pra te pegar!
De repente a gente nasce e somos protegidos e segurados pelas mãos firmes da mãe que nos conduz pelo mundo afora por muito tempo. Daí “crescemos e aparecemos” e como um piscar de olhos já nos conduzimos a qualquer lugar sem precisar de ser segurados pelas mãos. E então o tempo passa mais um pouco e quando nos damos conta invertemos os papéis PAI versus FILHO. E foi justamente essa inversão de papéis que registrei nessa minha primeira crônica. Fique aí quietinha...Minha primeira fotografia falada em crônicas!